sábado, 19 de abril de 2008

A EMBALAGEM NÃO PRECISA SER A VILÃ DO LIXO

(Ísis Nóbile Diniz, Revista Época, nº 515 - Março de 2008)
Resumo: Premiar quem se preocupa com o lixo, é uma das idéias que tem ajudado a Espanha tornar-se modelo de eficiência na destinação de resíduos sólidos. Com sistema de coleta seletiva eficiente, campanhas organizadas por várias empresas com premiações aos participantes e taxas para empresas poluidoras, Barcelona tem destaque entre as grandes cidades européias. A prática da reciclagem é muito importante para o meio ambiente, diminuindo assim o consumo de água usado nas fábricas, reduzindo gastos de energia, de matéria-prima empregada nas embalagens como plásticos derivados do petróleo, vidro, aço e também derrubadas de árvores para uso de madeira e celulose. No Brasil somente a reciclagem de alumínio é expressiva, sendo o restante feito por catadores de lixo residencial, organizados em cooperativas e trabalhando em condições de subemprego. O brasileiro precisa refletir sobre o lixo produzido, seu descarte, seu impacto no planeta e quem sabe usar as práticas européias como estímulo para a produção de suas próprias técnicas de reciclagem.

Análise crítica: De uma maneira clara, a autora explica que as embalagens não precisam tornar-se vilãs na contribuição da poluição e conseqüentemente no aumento do aquecimento global. Basta que todos tenham consciência, participem e incentivem o aumento da reciclagem do lixo (resíduos sólidos). Converge com dados conhecidos em relação à posição de destaque do Brasil na reciclagem de alumínio. Mostra de modo esclarecedor a diferença da seriedade com que é tratada a implantação da prática de reutilização de material seletivo nos países europeus e no Brasil, principalmente ao colocar parâmetros demonstrativos tal qual, a cidade de Barcelona recicla dez vezes mais que a cidade de São Paulo. Cabe aos gestores organizarem-se implantando aqui, assim como na Europa, práticas que estimulem todos a separar e depositar o lixo, fornecendo serviços de coleta seletiva eficiente e leis de responsabilidade sobre o lixo produzido pelas empresas e sua reutilização, ajudando com isso a preservação de nosso planeta.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

COMPRE VERDE - A Competição das Empresas pela Consciência Verde

(Juliana Arini e Thais Ferreira, Revista Época, n° 515 – Março de 2008).

Resumo: Uma pesquisa do Instituto Akatu, revelou que 74% dos brasileiros querem comprar produtos que não degradem o meio ambiente. O Instituto é responsável pelos primeiros levantamentos nacionais sobre a relação entre o consumo e as responsabilidades sociais e ambientais das empresas. “O que era um nicho de mercado hoje é uma exigência”. O consumidor nunca teve tanto poder. “Ao fazer boas escolhas, nós influenciamos uma cadeia de indústrias e fornecedores cuja política ambiental determina o futuro da vida do planeta”. Vender uma boa imagem ambiental virou um negócio para as grandes redes varejistas. Os brasileiros estão mais conscientes quando compram. Cerca de 75% dos consumidores nacionais sabem que tem o poder de influenciar nas decisões das empresas. Mas apenas 24% estão dispostos a questionar os produtores diretamente ou boicotá-los. O Instituto também descobriu que os brasileiros acreditam cada vez menos no marketing verde e social. Caiu de 50% para 39% a taxa de pessoas que confiam na veracidade das ações ambientais e sociais promovidas por empresas.

Análise Crítica: As autoras têm um posicionamento, crítico, imparcial, esclarecendo como a maioria dos consumidores, sentem-se enganados com falsas promessas, informações ambíguas, falta de certificado ou selos de procedências, e onde a presença do símbolo de reciclagem em nada garante que a mesma é feita. Há convergência com outras matérias sobre o mesmo tema, onde os consumidores e empresas estão mais atentos às questões ambientais e ecológicas a produtos que ajudam a proteger a natureza e a garantia de um futuro melhor para as novas gerações. Aos administradores cabe, não apenas disfarçar práticas predatórias, com uma política ambiental de fachada e sim, assumir as responsabilidades, com técnicas e produtos menos agressivos, e ações sociais e ambientais das empresas, protegendo assim, o futuro da vida no planeta.